Imagem: Banco de Séries
Imagem: Banco de Séries

“First Time Again” ou “Primeira Vez de Novo”, o que isso realmente quer dizer? Que novamente estamos começando uma temporada de The Walking Dead e dando seguimento aos últimos acontecimentos? Não! Tenham certeza que o nome dessa season premiere vai muito além de uma simples tradução. TWD voltou aos nossos domingos, trazendo uma dinâmica nova para o desenvolvimento do seu roteiro e mostrando um novo “eu” para a maneira de agir de cada personagem.

O nome desse episódio significa na verdade um novo recomeço. Uma nova missão de paz para as terras que o grupo de Rick e os antigos residentes de Alexandria estão construindo, depois de algumas mortes e rebeldias dos novos habitantes. Esses acontecimentos – refiro-me ao que vimos na Season Finale “Conquer” – fizeram os moradores de Alexandria, principalmente Deanna, mudarem. Assim como Rick sofreu uma grande transformação desde a morte da Lori, e os enfrentamentos com Phillip Black e Gareth no Terminus. Então esse novo começo se refere, na verdade, a reconstrução de um lar, onde Alexandria tem tudo o que é preciso, mas as pessoas não sabem o que ou como fazer tudo dar certo.

O episódio trouxe uma dinâmica diferente e mesmo que tenha uma hora de duração conseguiu ser envolvente e chamativo. Dividido em dois caminhos, First Time Again, nos deu um salto temporal de talvez alguns dias, uma ou duas semanas. Além de construir paralelamente tudo o que aconteceu nesse meio tempo que se passou. O melhor desses flashbacks foi que o efeito P&B serviu para diferenciar as duas linhas do tempo, mas também teve um outro significado. Antigamente os filmes preto e branco não existiam apenas porque faltavam recursos, mas também para exaltar dois pontos que são essências em um filme: personagens e história. Então os flashbacks em P&B serviram para que nós, o público, prestássemos muito a atenção nos personagens e no que aconteceu, e até mesmo como isso aconteceu. O foco foi no Rick e no Morgan, e precisava ser. Todos nós sabemos quem o Rick é, como ele foi e como está sendo, mas e o Morgan? Será que sabemos o mesmo dele? Não, com certeza não sabemos.

Imagem: SpoilerTV
Imagem: SpoilerTV

O Morgan sempre esteve presente nas estradas de The Walking Dead, mas nunca entrou definitivamente no caminho e mesmo assim esse cara tem um potencial de protagonista ao lado do Rick. Afinal foram os primeiros personagens que a série usou para mostrar o seu cartão de visita.

Saindo desse núcleo reflexivo vamos ao que aconteceu no episódio. Não posso ignorar a quantidade de zumbis que apareceram e as circunstâncias foram as mais fantásticas possíveis. O plano de levar a horda – com certeza a maior que já vimos na série, superando aquelas outras duas que apareceram nas rodovias, uma na segunda e outra na quarta temporada, fora da season 1 pessoal – era ótimo e tinha tudo para dar certo e errado ao mesmo tempo. E nossa, como eu torci para que desse errado – minha namorada é a prova disso -, assim aumentaria a emoção e a tensão de tudo. Mas lógico que não poderia simplesmente dar errado por si só, tinha e precisava de algo para criar o erro. O que por ventura aconteceu naturalmente. Agora fica a pergunta: quem era e o porque daquela buzina? Estou curioso e animado para saber.

Indo para o final do nosso texto vamos comentar rapidamente sobre os outros personagens, aqueles que sempre são os cotados para morrer na temporada, e o Glenn é um deles. Não vamos nos precipitar com isso porque tudo tem o seu tempo. Tudo continua igual, o grupo principal continua se fortalecendo e o de Alexadria continuam tentando se acostumar com as novas situações. Mas vejo que por parte de alguns essa distinção de pessoas está acabando, as pessoas buscam uma aproximação. Por mais que todos necessitam aprender a lutar para se defender, ali será formada uma comunidade.

E o que veremos nessa temporada será a formação de uma cidade, a afirmação de personagens e os novos vilões. Esperanças para vermos o Negan.

Walker 1: Não tinha como não lembrar do trailer do Dale.

Walker 2: Aquele corte do Rick no Padre Gabriel foi mitológico.

Walker 3: Mesmo sem destaque, a breve aparição do Carl foi bem fofa.

COMPARTILHAR
Sou jornalista, fundador e editor da Matinê Cine&TV. Escrevo sobre cinema e séries desde 2014. No jornalismo tenho apreço pelo cultural e literário, além de estudar e trabalhar com podcasts. Além dos filmes e séries, também gosto de sociedade e direitos humanos.