Imagem: Banco de Séries
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Um episódio morno, para acalmar os ânimos, que trouxe uma dinâmica diferente adota recentemente pelas séries de tv. Ao invés de perdermos tempo com flashbacks, que talvez fossem necessários, porque não usar um episódio de longa duração para falar do passado? Foi isso que The Walking Dead fez, nos mostrou o que aconteceu com o Morgan até ele chegar em Alexandria.

Essa construção adotada em Agents of S.H.I.E.L.D. no episódio 4,722 Hours, foi adaptada em uma lembrança do Morgan. Os flashbacks foram usados, na verdade, em algo muito maior que apenas lembranças. Foi legal a dinâmica adotada pelos roteiristas em mostrar um início que induz o público a acreditar em algo tipo “o Morgan está olhando nos meus olhos e vai me contar o que aconteceu”.

Não foi exatamente isso que ele fez, porque na verdade não era para nós que ele estava contando, mas foi quase isso. Na verdade, a narrativa, detalhada, foi feita para um prisioneiro, o qual Morgan tentou ajudar assim como ajudaram ele. A diferença é que nem todo mundo quer ser salvo, e infelizmente o salvador precisa saber disso.

Foi bacana ver as coisas que aconteceram com ele, lógico que em alguns momentos se tornou cansativo, mas todos precisávamos saber o que houve. Saber o que e como o Morgan mudou. Ele passou por um processo extremamente semelhante ao do Rick, só que ele teve alguém que o ajudou.

Imagem: Banco de Séries
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Clear, clear, clear… Here’s Not Here…

Os gritos insanos e sem sentido do Morgan foram chamativos ao mostrarem nos transtornos do personagem, após a morte do Duane.

A relação entre ele e o Eastman foi muito interessante, pelo autocontrole e as histórias contadas por ambos personagens. O Aikidô contribuiu para esse equilíbrio recuperado pelo Morgan, que realmente estava precisando.

Bom, Here’s Not Here veio para preencher algo que ainda não vi sentido, além de ser para continuar a brincadeira temporal que os roteiristas de The Walking Dead estão fazendo. Digo brincadeira porque eles estão brincando com os acontecimentos. Por exemplo, antigamente os episódios 2 e 3 da atual temporada seriam apenas um só, mas os tempos mudaram e parece que TWD encontrou um rumo certo na sua narrativa.

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Sou jornalista, fundador e editor da Matinê Cine&TV. Escrevo sobre cinema e séries desde 2014. No jornalismo tenho apreço pelo cultural e literário, além de estudar e trabalhar com podcasts. Além dos filmes e séries, também gosto de sociedade e direitos humanos.