Imagem: Banco de Séries
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A necessidade que The Walking Dead tinha em mostrar que era uma série de grandes estreias e finais acabou. A regularidade de ótimos episódio continua e The Same Boat é uma prova de que mudar ou fazer o mesmo ainda são sinônimos de qualidade. Entenda…

Nas minhas últimas reviews venho falando sempre que TWD está fazendo certo em ter episódios dinâmicos, trabalhando melhor seus arcos e mostrando-os juntos em cada episódio. Em The Same Boat voltamos aquele formato de explorar apenas um arco durante os 45 minutos do episódio da semana, aí com certeza muitos podem ter ficado com medo de ser um episódio sonolento, devagar, cansativo e meio chato como alguns já foram nessa temporada. Mas não foi isso que vimos.

Quem assistiu pôde ver um desenvolvimento de ótima qualidade, apresentando novas charadas sobre o vilão Negan e mostrando outra face ou a visão sobre o grupo principal de TWD. Com diálogos fortes entre Carol e Paula nós conseguimos entender um pouco mais sobre o que a mulher está passando, ou o que as duas estão passando – Carol e Maggie. Vi comentários pedindo para a Carol não entrar na onda do Morgan, e sinceramente eu também não quero isso, mas acredito que não seja o caso. Pode até ter uma pequena influência, mas a raiz do problema é algo interno da própria personagem.

Melissa McBride mais uma vez teve uma atuação maravilhosa ao longo do episódio. Conforme os minutos passavam víamos diferentes Carol(s) em cena, uma frágil, com medo, perturbada, ameaçadora e má. A personagem se modificou desde o momento em que chorou ao lembrar de Sophia até o momento em que cautelosamente ameaçou a Paula enquanto fumava o cigarro. Realmente vimos que ela tem medo daquilo que é capaz de fazer. Carol foi protagonizou as melhores cenas do episódio e mais uma vez botou fogo no local.

O pequeno grupo que ainda sobrou de um dos esconderijos do Negan se fez novamente cheio de segredos e preparados para qualquer momento. O que mais marcou para mim foram dois pontos que ainda não tinham aparecido por parte dos novos inimigos; o primeiro é que conseguimos conhecer eles, pudemos ver mais sobre que tipo de pessoas que eles são; e segundo, Negan não é uma pessoa, eles são o Negan, não é bem essa a verdade, mas deu para entender a “devoção” que eles tem pelo seu líder. A ligação das mulheres com aquele grupo que o Daryl matou com a bazuca achada pelo Abraham foi muito bacana, e mais um ponto positivo por interligar as histórias.

Imagem: Banco de Séries
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Mas com o final do episódio ficaram algumas preocupações, a primeira delas é o que virá a seguir? Será que eles irão tranquilamente para Alexandria, ou terá um confronto entre o grupo de Rick e o apoio que Paula pediu? Assim como eles podem ir tranquilamente para casa o grupo pode ser seguido, mas aposto e torço para um confronto porque temos apenas 3 episódios para acabar a sexta temporada e algo grande deve acontecer antes do Negan vir a tona. Outra preocupação é que o próximo episódio possa servir para baixar a temperatura e tirar completamente o foco do que foi construído desde o retorno da temporada em fevereiro. Digo isso porque não vimos nada sobre o pessoal que ia ir “embora” e Alexandria que ficou desprotegida. Então é possível ter um episódio morno para mostrar todo esse contexto que foi retirado do roteiro do 13º episódio. Não acho que seja ruim, pois tem algumas coisas importantes a serem mostradas em relação a isso.

Por outro lado também tivemos a Maggie que mostrou a mesma força que o Gleen teve no episódio anterior e fez o que tinha que fazer. Essa é uma personagem que não precisa provar nada para ninguém, mas é sempre bem vida para aparecer como foi em The Same Boat. Falando no nome do episódio, a citação que foi feita direcionada para a Carol foi um tanto objetiva, será que ela pode ser a mais cotada para morrer? Com certeza não né, mas é sempre bom ficar com um pé atrás.

O episódio foi muito bom e em si The Walking Dead está muito bom deixando sempre um gostinho de quero mais, mesmo que nessa semana não tivemos um grande cliffhanger como havia sido antes, mas é sempre bom querer mais.

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Sou jornalista, fundador e editor da Matinê Cine&TV. Escrevo sobre cinema e séries desde 2014. No jornalismo tenho apreço pelo cultural e literário, além de estudar e trabalhar com podcasts. Além dos filmes e séries, também gosto de sociedade e direitos humanos.