Imagem: Banco de Séries
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“Nós precisamos conversar.”

Essa foi a frase que encerrou os anos de dúvidas dos irmãos Winchester e os anos de teorias sobre Chuck (Rob Benedict), o profeta de Deus. Valeu a pena esperar, foi a melhor maneira de revelar a identidade do Criador e emocionar os fãs de Supernatural.

Como anfitrião desse momento, temos Metatron, a sua volta foi crucial para essa revelação, e vê-lo se regenerando, sendo a voz da consciência, nos mostrou que um toque de humanidade pode mudar os corações mais egoístas. Depois de fracassar em seu plano de conquistar o mundo, o ex-anjo e ex-escriba de Deus está vivendo momentos difíceis, sentindo na pele o que é ser humano, nas piores situações. Quando tudo parece perdido, uma visita inesperada surge, Chuck, o profeta de Deus que já causou muita confusão para Dean e Sam, resolveu voltar ao jogo e junto com sua aparição decepcionante (para Metatron), vêm o grande acontecimento de Supernatural. A identidade do Pai da humanidade é revelada. Não posso deixar de destacar como os roteiristas conseguiram deixar esse momento leve, divertido e muito “normal”.

Em outra parte do “mundo”, os irmãos Winchester continuam sua busca por Amara e durante a investigação descobrem um caso em Hope Springs, Idaho, onde um homem se matou após assassinar um colega de trabalho, sem motivo aparente. Sendo assim, parece que a Escuridão andou colecionando mais almas e como um bom caçador vale a pena investigar. Mas antes disso, nada como passar a camisa do seu irmão com cerveja para aquecer a situação, as excentricidades desses dois não têm limites.

A dinâmica do episódio foi incrível, o ar sério e decisivo, sem eliminar o lado cômico, que é característico da série, preocupando-se em proporcionar o tempo suficiente para entendermos por que Deus andou escondido e o que Ele pretende fazer em relação a sua irmã, mostrou respeito pelos fãs, que sonharam com esse momento. Em uma cena temos, Metatron e Deus em um dialogo bastante interessante, onde vemos as frustrações, medos, raiva e decepção do anjo em relação ao seu Pai; e Deus se mostrando egoísta, superficial e decepcionado com a humanidade. Em sequência observamos e sentimos o desespero de Sam e Dean em resolver toda a situação em que se envolveram, descobrindo que Amara liberou sobre a cidade um vírus mais forte e mortal, que deixa rastros negros sobre a pele e morte por onde passa, dessa vez não há como vencer, pois há muito a perder.

Imagem: Banco de Séries
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Don’t Call Me Shurley, foi perfeito em seu todo e em cada pedaço. As cenas finais de Chuck cantando, surpreendendo Metatron, ao mesmo tempo que Dean se vê perdendo seu irmão, mais uma vez, e não podendo salva-lo, nem as vidas inocentes, mesmo assim continua dizendo “não desista” e aquela música maravilhosa embalando nosso sofrimento, foi de arrepiar, as lágrimas começam a surgir e você fica pensando “O que vai acontecer agora?“. E aconteceu tudo! Foi lindo, presenciar o alivio dos irmãos ao verem o poder divino, presenciar a surpresa em ver o objeto que identificava Deus brilhando, assistir seus passos receosos e a expectativa em finalmente encontrar o Pai. Demorou, foi doloroso, anos de silêncio e frustração, mas aconteceu.

Não podemos deixar de citar as falas bem escritas, a discurso de Metatron nos minutos finais que precisam ficar registradas aqui “Eu sei que eu sou uma decepção, mas você está errado sobre a humanidade. Eles são sua maior criação porque são melhores que você. É claro, eles são fracos, traem, roubam, destroem e decepcionam. Mas eles também se doam, criam, cantam, dançam e amam. E acima de tudo, não desistem. Mas você sim“. Sintam o peso desse episódio, sintam as lágrimas começando a surgir, sintam um filho desabafando com um pai, sintam o que os próximo episódios prometem.

Agora só nos resta esperar pela próxima semana e nos preparar para as fortes emoções da Season Finale.  Supernatural está chegando ao fim de sua 11º temporada e acabo de classifica-la como inesquecível.