A CW lançou no dia 05 deste mês a sua primeira novata desta fall season 2016/17, Frequency. A nova série de ficção científica conta a história da detetive Raimy Sullivan (Peyton List), que após completar 28 anos descobre que o rádio amador que fica na sua garagem é uma espécie de comunicador com o seu pai falecido – Frank Sullivan (Riley Smith), assassinado em 1996. Os dois têm que trabalhar juntos para mudar a história e impedir que alguns trágicos acontecimentos aconteçam novamente, enquanto tentam reconstruir a sua relação de pai e filha.

Parece que esta fall season está cheia de novas ficções científicas (Westworld, Timelles) e pelo visto a CW não conseguiu ficar de fora. É bastante satisfatória eles conseguirem entregar um piloto de qualidade, ao contrário do que aconteceu com Timelles (NBC) – leia aqui as Primeiras Impressões de Timeless. A trama não é nenhum pouco original e é uma adaptação do filme homônimo nome lançado em 2000. Porém, mesmo a trama sendo ultrapassada, Eric Kripke e Shawn Ryan (criadores do programa) conseguiram construir um cenário onde essa relação entre pai e filha funcione e conseguiu instigar o público à saber mais sobre as consequências dessa reunião familiar através do tempo.

A história dos personagens principais é o que faz o piloto funcionar. Raimy é uma detetive, assim como o pai, e acreditavaque ele tinha sido morto por estar envolvido com corrupção, mas com a descoberta do rádio ela pôde saber o que realmente aconteceu. Quando Frank era vivo, os dois possuíam uma ótima relação, que foi destruída algumas semanas antes dele morrer e agora os dois podem reconstruir essa relação. Estes e outros aspectos familiares tomaram conta da série e se encaixaram perfeitamente com os acontecimentos vistos no final do primeiro episódio – que acaba surpreendendo.

A série conseguiu abrir várias tramas a serem exploradas, pois como todos sabemos em série de viagem no tempo sempre ocorrem problemas relacionados às mudanças entre passado e futuro. Frequency consegue fazer com que as mudanças feitas no passado, criassem novos plots interessantes no novo presente, onde Raimy só conseguiu criar mais problemas. Se Eric Kripke e Shawn Ryan (que também assinam o roteiro)  souberem explorar e desenvolver, com cuidado, esses novos plots, com certeza conseguirá engatar a marcha e ir rumo ao sucesso.