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Não há como negar: sem as animações, o cinema não viveria. Entre as dez maiores bilheterias de 2016, há quatro longas animados na lista e um no topo – Procurando Dory, com mais de US$ 1 bilhão mundialmente.  Quando o fator é qualidade sempre surgem surpresas, como é Kubo e as Cordas Mágicas (stop-motion produzido pela Laika, estúdio especialista no subgênero). Mas As Aventuras de Robinson Crusoé está longe disso, tanto na qualidade como na chance de ter uma grande bilheteria.

Baseado no romance clássico de Daniel Defoe, As Aventuras de Robinson Crusoé é dirigido por Vincent Kesteloot e Ben Stassen. A história gira em torno do personagem-título, um náufrago que viveu durante anos em uma ilha, só que desta vez contada por um papagaio, o Terça-FeiraO maior problema da animação está em seus personagens. Estes não possuem carisma e para o público  infantil isso é muito importante.

O roteiro falha em jogar piadas forçadas e as mesmas acabam sendo vergonhas. O filme falha em quase tudo, exceto em alguns quesitos do design de produção, que é preciso dizer que se iguala a de alguns grandes estúdios de animação.

As Aventuras de Robinson Crusoé tem uma identificação forte com a Alemanha, fazendo com que a história funcione melhor para o público alemão, mas para quem é de fora do país isso pode ser diferente.

Em suma, a animação não é nenhuma maravilha, na verdade é bem precária. O visual é bastante interessante, bonito no geral. O problema é a história e seus personagens, que são extremamente fracos. Os criadores de As Aventuras de Robinson Crusoé são os mesmos envolvidos em Sammy: A Grande Fuga e Os Mosconautas no Mundo da Lua, que apresentam problemas parecidos. No fim, o filme não é nada mais do que uma obra esquecível.

Avaliação

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