Imagem: Divulgação/ Netflix

Enfim, o último Defensor chegou com sua série solo na Netflix. Alvo de críticas extremamente negativas e com uma recepção baixíssima no principal medidor de qualidade dos EUA, o Rotten Tomatoes (que nem sempre é parâmetro), Punho de Ferro entrou modesta no catálogo da Netflix, porém, ao contrário do que a crítica especializada concretizou sobre a série, os episódios iniciais trazem algo diferente com um tom leve e até mesmo divertido.

Com a missão de apresentar Danny Rand (Finn Jones) (passado, origem e desenvolvimento) e ao mesmo tempo tendo que preparar todo o campo para Marvel’s The Defenders, Punho de Ferro acabou deixando de lado (não completamente) a mitologia mística do personagem, pois, aparentemente, a primeira temporada da série tem a intenção de restabelecer Rand de volta à sua terra natal, deixando a profundidade mística do personagem aberta – podendo ser mais desenvolvida até mesmo em Os Defensores.

No primeiro episódio, Punho de Ferro mostra a volta do protagonista para a cidade de Nova York, tentando esclarecer o que realmente aconteceu no dia em que seus pais morreram, mas claramente há muito caroço nesse angu. Porém, a forma com que o personagem lida com seus problemas é bastante diferente da impulsividade de Matt Murdock (Charlie Cox), o falta de paciência de Jessica Jones (Krysten Ritter) ou das indignações de Luke Cage (Mike Colter). Ao contrário disso, Danny Rand é muito mais leve que os outros colegas de cidade, mesmo que traga (assim como os outros) um grande peso dramático.

A leveza que acompanha o personagem também se reflete no tom da série, onde tudo é visualmente mais claro e as vezes divertido, além de apresentar diálogos muito mais leves e acessíveis, e menos simbologistas também. Ao mesmo tempo em que isso vai se tornando marcante combinado ao estilo narrativo típico das séries da Marvel na Netflix, o conflito de auto-controle da doutrina mística do personagem também vai ficando evidente, fazendo um contraste positivo com a personalidade alto-astral de Rand.

Imagem: Divulgação/ Netflix

Como a história não se resume apenas ao desenvolvimento de Danny Rand, Punho de Ferro apresenta personagens contextuais muito interessantes – vide Colleen Wing (Jessica Henwick), uma jovem carismática e muito promissora dentro da série. De resto, Ward (Tom Pelphrey) e Harold Meachum (David Wenham) especificamente, representam uma ameaça comum, e como vilões de uma temporada eles mostram o básico que poderia se esperar dos antagonistas da trama.

Apresentando um plot que aborda muito mais as questões pessoais do que a profundidade da mitologia do personagem, Punho de Ferro chega para completar a personalidade do grupo de heróis da Marvel na Netflix. Apesar de ser mal vista pela crítica, é importante notar que a série não chega com a pretensão de mostrar realmente o lado místico desse universo compartilhado, Punho de Ferro se faz uma boa diversão e um passa tempo de qualidade.

Apesar de seus prós e contras, Danny Rand veio, principalmente, para dar início aos Defensores, e com a provável renovação a série deve apresentar tudo o que os fãs do personagens mais querem: grandes lutas e ver o lado místico da história aflorando em todos os seus episódios. Punho de Ferro começa bem, e deve manter esses pontos positivos ao longo de sua primeira temporada.

Avaliação (primeiro episódio)

[yasr_overall_rating size=”medium”] (Bom)