Imagem: Reprodução/Banco de Séries
Imagem: Reprodução/Banco de Séries

Antes de mais nada “Neighbors from Hell” é de longe o episódio mais maluco da temporada até agora – loucura essa que fica cada vez melhor em American Horror Story. O episódio foi novamente focado em Ally (Sarah Paulson), mostrando as consequências do final do capítulo anterior e mostrou a formação do culto liderado por Kai (Evan Peters), que começa a ganhar mais forma a partir de agora.

A sétima temporada de American Horror Story teve apenas três episódios, mas parece que aconteceu muito mais do que poderia de fato caber nesses poucos episódios. Apesar desse ritmo de acontecimentos acelerados, uma hora a série vai precisar tirar o pé do acelerador. O foco, principal, até o momento é todo de Ally, a personagem de Sarah Paulson que a série está tendo o prazer de perturbar neste início de temporada.

Ally precisou lidar com as consequências do que aconteceu no episódio passado, quando matou, por legítima defesa ou pura confusão (proveniente do medo), um dos funcionários do restaurante de Ivy (Alison Pill). Com isso, não só os vizinhos, mas também a mídia, caíram de pau (realmente) em cima da protagonista, tudo isso enquanto a presença de Kai torna-se ainda mais frequente na vida dela.

O Culto, ou a organização que acompanha os acontecimentos, começa finalmente a dar as caras na série, marcando não só a casa dos vizinhos inicialmente receptivos, mas também a casa de Ally, Ivy e Oz. Assim, houve um acréscimo de tensão que apenas eleva o clima desse turbilhão de acontecimentos em cada episódio da temporada – somados também os frequentes problemas pessoais da protagonista, mas desta vez muito mais sério. Mas, ao bem da verdade, as pequenas pontas soltas, feitas propositalmente para incomodar, começam a criar a necessidade  de uma explicação mais lógica.

No entanto, enquanto American Horror Story: Cult não focar os seus trabalhos em cima de Kai, muitas dessas explicações ficarão, ainda, a cargo da imaginação e recorrente teorização do próprio telespectador – o que nem sempre é encarado de forma positiva. É claro que até a chegada da season finale uma das obrigações do roteiro é que fazer com que o público entenda o que está acontecendo, e também o real motivo de tudo isso. Esta parece ser, então, a grande missão do próximo episódio – iniciar os trabalhos das devidas explicações.

É claro que assim como o afloramento das fobias de Ally foi construído ao longo destes primeiros três episódios, as respostas que o público procura para as suas muitas perguntas não devem aparecer apenas no próximo episódio. Ao contrário disso, é preciso pensar e ressaltar que a temporada está apenas no começo, e com certeza nada irá ficar realmente completo agora.

Apesar de deixar essas pontas soltas, a estratégia ainda funciona para prender o público, mas é bom sempre avisar que essa tática pode também cansar o expectador, que não precisa esperar tanto tempo para entender os motivos do que está acontecendo. Cult, no entanto, segue surpreendendo com qualidade e mesmo que tenha deixado questões em aberto, “Neighbors from Hell” foi o melhor, mais tenso e enlouquecedor episódio desta temporada.

Avaliação

[yasr_overall_rating size=”medium”] (Ótimo)