O Centro de Estudos das Mulheres em Televisão e Cinema da Universidade Estadual de San Diego revelou que o número de protagonistas femininas entre as 100 maiores bilheterias de 2017 diminuiu 5% em relação ao resultado da pesquisa em 2016.

No ano passado, apenas 24% dos 100 filmes mais populares do ano tiveram protagonismo feminino. Apesar da queda, os três filmes de maior sucesso de 2017 (considerando apenas a bilheteria dos Estados Unidos) foram protagonizados por mulheres – Rey (Daisy Ridley) em Star Wars – Os Últimos Jedi, Diana Prince (Gal Gadot) em Mulher-Maravilha e Bela (Emma Watson) em A Bela e a Fera. Em 2016, o número foi um pouco maior, tendo 29% dos 100 filmes mais populares nos EUA daquele ano sendo protagonizados por mulheres.

Entre outros dados levantados pelo estudo, também foi revelado que o dobro de espectadores prefere ir ao cinema ver filmes protagonizado por personagens masculino em comparação com quem prefere ver filmes com mulheres no centro da trama. Outro dado interessante que foi analisado pelo estudo afirma que entre os 100 filmes mais populares de 2017, apenas 32% deles apresentam 10 ou mais personagens femininas com pelo menos uma linha de diálogo durante o longa.

Apesar queda geral no número de protagonistas femininas, 2017 trouxe alguns recordes positivos no quesito diversidade. Enquanto em 2016 a presença de mulheres negras entre os filmes mais populares era de 14%, em 2017 o número chegou a 16%; personagens latinas passaram de 3% em 2016 para 7% em 2017.

Por fim, o estudo ainda revela que a maioria dessas personagens femininas estavam na faixa dos 20 anos de idade, enquanto 46% dos protagonistas masculinos (dos 100 filmes mais populares de 2017) estavam acima dos 40 anos. Em contraste, apenas 29% das protagonistas femininas estavam acima dos 40 anos, mostrando que as mulheres desta faixa de idade não receberam tantas oportunidades quanto os homens da mesma faixa etária.

Os dados foram divulgados pela Variety.

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Sou jornalista, fundador e editor da Matinê Cine&TV. Escrevo sobre cinema e séries desde 2014. No jornalismo tenho apreço pelo cultural e literário, além de estudar e trabalhar com podcasts. Além dos filmes e séries, também gosto de sociedade e direitos humanos.