Imagem: Divulgação/ Fox Film
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Mais uma história de A Era do Gelo chegando ao cinemas e dessa vez o filme de Mike Thurmeier traz de volta o brilho da franquia, que no segundo, terceiro e quarto filme havia se entregado a qualquer coisa. O Big Bang traz um filme cheio de conceitos, reformulações da história e o mais importante: irá divertir a qualquer um que assistir.

O significado do Big Bang é quase que satirizado pelo filme, Scrat é praticamente o criador do universo, que aconteceu após um mirabolante jogo com os planetas, lembrando o Pinball do Windows 7 – umas das sensações do sistema quando foi lançado-. Infelizmente Scrat não funcionou muito bem durante o filme, lógico que parte dos acontecimentos dependiam de suas trapalhadas, mas me parece que ele está um pouco saturado na história. Mesmo assim ainda consegue protagonizar alguns momentos engraçados no espaço (além de ser a marca registrada da franquia).

É fato que a história de A Era do Gelo perdeu um pouco do seu encanto depois do primeiro longa. Este, de 2002, foi um ótimo filme, trouxe na época um sub texto muito interessante, com um belo foco no aquecimento global. Depois disso passou a ser as aventuras degringoladas que as crianças adoram. Mas é em O Big Bang que vemos a modernidade do roteiro chegando a história. O filme tem diálogos muito atuais, usando desde o famoso “tá favorável” e até a hashtag.

O que voltou também foi a colocação do sub texto a trama, que tentou ser cultural e educativa, mesmo que distorça alguns conceitos básicos da história, como a adaptação visual para uma explicação um pouco diferente para o Big Bang. Além disso é um filme atual que faz boas referências à pessoas conhecidas na história, não vou dizer quem são, pois será uma grata surpresa.

Imagem: Divulgação/ Fox Film
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Outro ponto positivo do filme é a forma como resgatam Buck, lá do terceiro longa, quando se aventuraram pelo subsolo da terra.  Dessa vez o maluco funciona  bem, é responsável por conduzir boa parte da história e acaba se enquadrando bem ao grupo de animais. Outra volta importante que tivemos foi a de Diego (na verdade ele sempre esteve presente), o tigre dentes sabre e sua tigresa, que assim como a maioria do núcleo principal, têm dilemas pessoais bem humanos e que podem chamar a atenção do público. Esses dilemas tornam a história muito mais sensível e acrescentam um tom dramático bacana ao longa. Não esperem que sejam dilemas terríveis, são fatos muito comuns, que já estamos acostumados a ver, mas que encaixaram perfeitamente ao contexto familiar que A Era do Gelo vêm desenvolvendo há 14 anos em seus filmes.

O filme é muito divertido, tem piadas muito boas do tipo que seu filho(a) ou irmão (ou irmã) vai ficar falando depois de assistir. Ele tem tudo que as crianças gostam, uma história envolvente, personagens engraçados, boas piadas e o melhor é que esses personagens recuperam o carisma que tinham no primeiro filme.

A Era do Gelo: O Big Bang tem alguns erros de continuidade e é o tipo de história que você não pode analisar seriamente como se fosse um grande drama, afinal é uma animação de boa qualidade e com certeza vai divertir a todos, ainda mais por ser aquele tipo de filme para assistir com toda a família.

 

Nota do autor para o filme:

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