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Imagem: Divulgação/Disney

O mês de julho chegou e a criançada está toda de férias. Para agradar os pequenos a temporada de animações chegou trazendo consigo a estreia de Procurando Dory, uma continuação mínima de Procurando Nemo. Após conferir o filme neste final de semana, trago aqui para vocês, meus caros leitores, a crítica deste filme que empolga bastante – porém não tanto como seu antecessor, Procurando Nemo. E podem ficar tranquilos, pois eu sou um cara legal e não vou dar spoilers.

Para quem estava se perguntando se Procurando Dory era uma continuação direta de Procurando Nemo eu afirmo que sim, é uma continuação, porém não há necessidade de ter assistido Procurando Nemo para entender Procurando Dory. Fato que adorei, pois confesso que não me lembrava de muitas coisas de Procurando Nemo, mas com o decorrer da história de Dory, nossas memórias de alguma maneira são reativadas e você consegue se lembrar de vários fatos do filme, que foi ao ar 13 anos atrás. A nostalgia é quase que inevitável. Estamos agora à procura da peixinha mais querida do cinema, que nos divertiu muito e não decepcionou em seu filme solo.

O roteiro de Procurando Dory é muito parecido com o de seu antecessor. Temos agora Nemo e seu pai, Marlin, em busca da sua amiga Dory, que após ter uma vaga lembrança de seus pais, saiu em uma jornada determinada a encontrá-los. No decorrer da história, assim como em Procurando Nemo, somos apresentados a novos personagens marinhos que ajudam nossos queridos protagonistas a completar sua missão. Dentre os personagens, dois merecem destaque: Geraldo, um leão marinho muito engraçado e o polvo de sete tentáculos mal-humorado Hank. Afirmo com total certeza que quando vocês assistirem o filme, seja no cinema ou na casa de vocês, irão se apaixonar pelos dois. Só fiquei ressentido, pois a participação do Geraldo foi bem limitada, mas mesmo sem falas (isso mesmo, ele não tem diálogos no filme) e com pouco tempo de aparição, consegue nos divertir.

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Imagem: Divulgação/Disney

A nossa protagonista Dory, como não podia faltar, tem toda a sua história de vida contada no filme. Vemos seus pais, como eles viviam antes da Dory se perder e como ela era fofa e engraçada. Desde pequena Dory já sabia que sofria de Perda de Memória Recente, que é uma doença de verdade. Creio que este filme nos ensina bastante como é difícil a vida das pessoas com doenças mentais degenerativas. Vemos uma Dory desde criancinha confusa, se esquecendo de fatos que aconteceram segundos atrás, se esforçando ao máximo para lembrar e muitas vezes se sentindo triste e incapaz. Isso me tocou bastante, não chegou a me deixar emocionado – amém, pois não queria chorar na frente das criancinhas do cinema -, mas fique triste sim. Uma criança no cinema que eu estava começou até a chorar. Quase chorei junto. E esse é um grande ponto positivo do filme: exploram bastante os sentimentos da Dory.

A participação do Nemo e de Marlin é bem forte no filme, mas não chega a interferir nos atos que a Dory toma para chegar até os seus pais. Em um momento a família de peixes-palhaço chega até a pensar como a nossa protagonista, para encontrá-la. Creio que com isso o filme nos mostra que mesmo sofrendo com tantos problemas, Dory consegue por si só tomar suas próprias decisões e ter sua independência.

Claro que não poderia deixar de falar da dublagem do filme, que é muito boa. Você pode reclamar que filme brasileiro não presta, é chato, é isso, aquilo, mas não pode negar que as equipes de dublagens brasileiras arrasam no que fazem. Temos uma dublagem muito leve, nada forçada, com termos que ouvimos no nosso dia-a-dia, como em uma cena do filme que ouvimos a famosa frase “Miga, sua louca”. Foco na participação da Marília Gabriela (De frente com Gabi) como uma das dubladoras e do nosso querido Antonio Tabet (Porta dos Fundos) que é o dublador do polvo Hank. O Antonio em especial faz um trabalho muito bom. Fiquei surpreso na hora que assisti ao filme e reconheci sua voz.

Por fim, vale muito a pena assistir, nos diverte bastante, mesmo tendo um roteiro igual ao de Procurando Nemo. Agora se você quiser descobrir o final, saber se Nemo e seu pai vão encontrar Dory, conhecer o hilário Geraldo e os outros divertidíssimos personagens, descobrir se a nossa protagonista mais fofa do mundo que fala com baleias vai encontrar seus pais, corra para o cinema mais próximo, pois garanto que não irá se arrepender.

 

Nota do autor para o filme:

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