
Lançada no ano 2000, a franquia Premonição marcou presença nos cinemas até 2011, quando o quinto capítulo da série de filmes chegou às telonas. Depois de 14 anos, Premonição 6: Laços de Sangue determina o ressurgimento da série cinematográfica. No entanto, além de um retorno, o novo título preenche lacunas da mitologia estabelecida pelas histórias anteriores, criando conexões entre todas as histórias.
Com mais de 600 milhões arrecadados mundialmente pelos cinco primeiros filmes da franquia nas bilheterias, Premonição estabeleceu-se como um expoente do subgênero splatter ou gore – caracterizado por cenas de violência gráfica. No primeiro longa-metragem, lançado em 2000, a série de filmes começou com ares do que fez sucesso nos anos 1990.
Com o estilo jovial de Pânico e uma história focada em adolescentes, o filme de James Wong abandonou o assassino em série e apostou em uma figura abstrata e inevitável: a morte. Não se tratava de um vilão mascarado com uma arma em punho, mas sim de uma das certezas da vida e de como ela não poderia ser enganada.
Com mortes mirabolantes inspiradas em acontecimentos possíveis, Premonição foi criando pequenas conexões e referências ao longo dos cinco capítulos que antecedem Laços de Sangue, em cartaz a partir desta quinta-feira, 15. A franquia foi se tornando objeto de gosto adquirido com o passar dos anos ao levar para as telas filmes com cada menos qualidade técnica. Efeitos medonhos, histórias simples, mas sempre buscando a engenhosidade, foram marcando os longas-metragens.

Embora a aparência de filme b tenha tomado conta da franquia, especialmente nos capítulos 3 e 4, o novo longa-metragem devolve Premonição para o cinemão. Mesmo sendo um filme de terror com mortes violentas – e propositalmente espalhafatosas -, o longa mantém os pés nas suas origens de conexão com um público que procura se divertir com o irreal.
Brincando com possibilidades do mundo real – e nisso, o sexto filme realiza uma das cenas mais agonizantes de toda a franquia -, Premonição 6 dá aos fãs da série de filmes tudo o que os manteve desde o primeiro capítulo da série.
Deixando de lado o estigma de bom filme ruim, ou seja, um filme ruim que é capaz de ser bom, Premonição 6: Laços de Sangue retoma o melhor da franquia. Brincando com a antecipação do espectador e com as próprias possibilidades da história, o sexto capítulo da franquia é também o mais ousado entre todos os outros títulos. Sendo o filme melhor realizado cinematograficamente, Laços de Sangue traz um roteiro amarrado que dá conta da própria trama e de uma amarração atrevida entre todos os outros filmes.
Não contente em ser um bom exemplar da franquia, Premonição 6 expande o universo a diversas possibilidades – isso porque deixa aberto um número grande de histórias que ainda podem ser contadas com a marca da série de filmes.

Marcando a última aparição de Tony Todd (ator conhecido por interpretar Candyman nos anos 1990 e pelas participações na própria franquia Premonição), Laços de Sangue é o cinemão em sua melhor potência. Com uma história bem contada, Premonição 6 é divertido e envolvente na mesma medida em que é chocante.
Chegando aos cinemas 14 anos depois do quinto capítulo da franquia, Premonição 6 soube atualizar as próprias ideias para o que funciona atualmente na cultura pop. Utilizando a base estabelecida pelos longas-metragens anteriores, o filme de Zach Lipovsky e Adam B. Stein sabe como cativar a audiência e aposta em desenvolver melhor os personagens e seus vínculos para tornar a história mais atrativa. Visualmente bem resolvido, o sexto filme mostra que com boas ideias ainda é possível manter grandes franquias nos cinemas.
Assista ao trailer de Premonição 6: Laços de Sangue
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