Após uma pausa de quase 1 mês, Agents of S.H.I.E.L.D. retornou com um episódio muito bom, que conseguiu reunir todas as múltiplas narrativas e ainda explorar personagens que até então estavam esquecidos.
O episódio foi um belo presente para os fãs da série. O capítulo anterior a este terminou com o futuro de Coulson, Fitz, Robbie, May e Mack em jogo, criando grande expectativa para o que estava por vir na história. O vilão Eli Morrow (José Zúñiga) conseguiu realizar seus planos e adquiriu o poder de criar matéria espontaneamente, mais especificamente carbono, a base de todos os seres vivos do planeta. No processo ele acabou atingindo a equipe da S.H.I.E.L.D. com uma onda branca de matéria desconhecida, que resultou no desaparecimento de Coulson, Fitz e Robbie. O foco do episódio foi mostrar o que aconteceu com os três personagens e a luta dos seus companheiros em entender tudo isso, além de tentar trazê-los de volta.
Deals with Our Devils foi mais um episódio de grande qualidade em Agents of S.H.I.E.L.D. e trouxe as respostas para as perguntas que o episódio anterior criou. A direção fez tudo funcionar, pois utilizou do ponto de vista de vários personagens para apresentar o cenário do que estava acontecendo para o público.
A trama está se desenvolvendo em um ritmo muito bom, mesmo deixando de lado personagens importantes, como a Dayse que parece estar só ocupando espaço em tela. Deixando-a de lado, o episódio conseguiu fazer com que o restante dos personagens tivessem suas histórias exploradas, o que já estava mais do que na hora. A AIDA (Mallory Jansen) e o Dr. Holden Radcliffe (John Hannah) finalmente ganharam alguma importância na série, já que para salvar Coulson, Fitz e Robbie do limbo entre duas dimensões a androide AIDA teve que adquirir todo o conhecimento do livro das trevas Darkhold.
O fato de Coulson, Fitz e Robbie terem ido parar em outra dimensão onde eram invisíveis foi um ótimo artifício da série para criar a ligação com Doutor Estranho. No momento em que são salvos por AIDA, podemos perceber que a androide cria um portal ligando pontos de energia invisíveis, visualmente muito parecidos com o que vimos no novo filme da Marvel em novembro deste ano. Claro que a nova dimensão não serviu só para isso, mas também para explorar o lado emocional dos personagens, como observamos nas conversas entre Fitz e Coulson.
Fitz também descobriu graças ao seu estado invisível que o Diretor Mace (Jason O’Mara) está colaborando com a Senadora Nadeer (Parminder Nagra) em uma pesquisa secreta, que leva até Simmons e o seu paradeiro após o final da personagem no episódio passado, onde era levada para uma missão secreta. A missão secreta trouxe grandes revelações e finalmente começou a explorar o arco da Senadora e também quem era a pessoa dentro do casulo visto há alguns episódios atrás, na sala de Nadeer e que gerou diversas dúvidas. Pelo que foi mostrado a pessoa que estava dentro do casulo já estava há mais de 7 meses preso ali, o que surpreendeu até mesmo Simmons, que foi retirada do local bem no mento em que ia perguntar para o humano dentro do casulo sua identidade. Porém essa história ainda deve ser explorada nos próximos episódios e com certeza o ser que saiu de dentro do casulo deve ser algum inumano muito poderoso.
Entre tantas histórias e personagens os diretores ainda conseguiram encontrar espaço para desenvolver a trama do Motorista Fantasma (Robbie) e mostrar um pouco mais sobre o “espirito de vingança” que vive dentro do rapaz. A cena em quem o espirito de vingança sai de dentro do Robbie e toma conta de Mack foi surreal e inesperada. Creio que ninguém esperava ou sabia que isso podia acontecer tão repentinamente ou sem o próprio consentimento do Robbie, mas o roteiro conseguiu ser muito eficiente e explicou que isso aconteceu porque o Mack estava sofrendo muito e ansiava por vingança. Não ficou exatamente claro o porquê de Mack estar sofrendo, mas ele está disposto a entregar sua alma para obter vingança.
Avaliação
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