É uma boa comédia, mas está longe de ser o que se tem de melhor no Brasil
Paulo Gustavo está de volta no papel da Dona Hermínia. Mesmo sendo uma boa comédia, Minha Mãe É Uma Peça 2 se levado a sério funciona, mas é problemático do início ao fim.
Com um roteiro cheio de buracos e incoerências no enredo, o filme de César Rodrigues traz uma história que só acontece para que Dona Hermínia possa fazer o seu stand-up durante o filme. As atuações ao estilo monólogo funcionam com boas deixas e piadas de bom gosto em sua maioria, mas nem tudo precisa ser devidamente engraçado ou digno de altas gargalhadas.
A narrativa segue a mesma linha do primeiro filme em 2013, que foi um grande sucesso naquele ano. Paulo Gustavo rouba a cena para si e assim como a personagem, ele não deixa espaço para os outros possam aparecer – até porque, o ator precisa sustentar o filme do início ao fim. Enfrentando novos dilemas, Hermínia brinca com a decepção de um filho que de homossexual quer se tornar bissexual. Isso, ainda é somado ao acúmulo de stress que causa novos problemas à protagonista.
Há também alguns personagens que participam bem da história, mas assim como certos acontecimentos, Minha Mãe É Uma Peça 2 joga tudo na tela, e as coisas ficam exatamente aonde caíram. Com isso, os personagens ficam estagnados sempre no mesmo lugar e apenas Hermínia transita por tudo que está a sua volta.
O que o longa faz bem é abordar os conflitos da mãe, o seu nervosismo e o fato de não querer abrir mão dos filhos, abdicando de que os mesmos tenham sua própria independência.
Mesmo não sendo nada maravilhoso, o filme já conquistou o grande público e assim deve ser com a continuação. Aliás, esta deve ganhar mais uma sequencia, afinal as aventuras de Dona Hermínia ainda podem render boas histórias.
Avaliação
[yasr_overall_rating size=”medium”] (Bom)