Imagem: Banco de Séries
Imagem: Banco de Séries

Como especulado na última crítica, as coisas prometiam ficar tensas em Agents of S.H.I.E.L.D, e ficaram. Com Farewell, Cruel World!, a série se aproxima de um fim, com direito a despedida de um personagem importante.

Tudo parece se encaminhar para uma conclusão, pelo menos no mundo criado por AIDA (Mallory Jansen). O episódio inteiro foi focado em escapar deste mundo ilusório, trazendo momentos de tensão do começo ao fim. O embate entre Fitz (Iain De Caestecker) e Simmons (Elizabeth Henstridge) chegou ao seu clímax, com direito a tiros e muita tensão. Uma cena a ser lembrada e sentida pelos fãs, que conseguem muito bem compreender o peso de ver esses dois, literalmente, tentando se matar.

Nos episódios anteriores tivemos perdas como a da Mace (Jason O’Mara) e retornos como a de Trip (B.J. Britt) e Ward (Brett Dalton), mas desta vez quem deixou a série – pelo menos é o que parece – foi Mack (Henry Simmons), que se recusou à voltar ao mundo real, escolhendo ficar com sua filha no mundo criado por AIDA. Essa decisão ressalta a vilania de AIDA e sua perfeição como vilã, conseguindo manipular todos apenas com alguns “desejos” concedidos. O desejo de ter algo que perdeu, ou que sempre quis.

A solidez do roteiro desta temporada possibilitou este episódio ser um dos melhores, trazendo uma história com muita emoção para as telinhas. Foi emocionante ver os personagens, que tanto lutaram, se despedindo desse mundo e dos que deixaram para trás, alias, este era para ser um mundo “perfeito” para eles. O roteiro só se esqueceu de Ward, que ficou sumido e não sabemos se dará as caras novamente, mas espero que sim, pois esta sua versão foi muito boa e o carisma de Brett Dalton fará falta. Radcliffe (John Hannah), que aparentou trair novamente os Agentes da S.H.I.E.L.D, no final demonstrou ser um verdadeiro herói. Uma espécie de redenção por tudo que cometeu no mundo real.

Mallory Jansen é a mulher do momento na série. A atriz surgiu do nada no seriado e conseguiu se consolidar como a melhor vilã da série. Ouso até citar um comentário visto online: “Quem é Ultron perto de AIDA?”. Ela está perfeita como vilã, demonstrando inteligência, carisma e despertando aquele ódio que tanto amamos sentir por vilões que valham a pena. É assim que se constrói um vilão, é assim que se conta uma história e é assim que se explora uma realidade alternativa. Seria este o melhor arco da série? Não ousaria discordar.

AIDA, como a perfeita vilã que é, apesar de perder, conseguiu ao mesmo tempo o que tanto desejava: ser humana, sentir, amar. A carga dramática nesta cena, em específico, foi muito boa e Mallory conseguiu transmitir isso. Apesar dos Agentes da S.H.I.E.L.D terem escapado do Framework, a ameaça de AIDA continua no mundo real, agora mais humana do que nunca. Estejamos preparados para mais fortes emoções.

Avaliação

[yasr_overall_rating size=”medium”] (Ótimo)