Blindspot desacelerou no quesito “empolgação”, os últimos episódios deram a sensação de que a história se perdeu no meio do caminho e estamos sendo enrolados até que possam encontrar a trilha de volta.
Em Any Wounded Thief (1×16), os assuntos pessoais estão começando a interferir na relação de alguns integrantes do FBI. Enquanto isso uma arma química desconhecida é roubada e uma conspiração terrorista é descoberta. Mais uma vez, somos presenteados com uma sequência de ação satisfatória, mas o que anda incomodando é a ênfase nos dramas pessoais da equipe, por exemplo, o foco em descobrir as respostas sobre Jane, as tatuagens e a organização que planejou tudo isso tornaram-se um assunto para ser discutido só no último episódio. Isso leva Blindspot a seguir os passos das diversas séries policiais, onde há tanta enrolação e caminhos “alternativos” que ficamos cansados de esperar pela solução dos mistérios e deixamos essa curiosidade acabar no meio do caminho.
Sinceramente entendo a necessidade de Oscar tornar-se um personagem regular na série, já que Kurt resolveu voltar com a ex-namorada e consequentemente Jane começou a se relacionar com o tatuado misterioso do seu passado. Precisávamos de mais uma peça para deixar Taylor Shaw ainda mais confusa, mas até agora ele não provou ser uma peça valiosa nesse quebra cabeça. É só mais um peão que transmite as regras do jogo.
Então temos Petterson, o cérebro da equipe não tem moleza para superar a morte de seu namorado “entrometido”, em Mans Telepathic Loyal Lookouts (1×17). Esse fantasma do seu passado continua assombrando-a e guiando a cientista em uma aventura bastante perigosa, onde uma mensagem oculta pode se transformar em uma passagem direto para uma morte gelada. Com uma integrante da equipe desaparecida, Kurt Weller e sua equipe correm contra o tempo para encontra-lá, após muita tensão e frio parece que as coisas começam a se ajeitar, mas o trauma é difícil de ser superado. Nos minutos finais do episódio, somos informados sobre a próxima missão de Jane como espiã de Oscar, ela não parece satisfeita com a tarefa e as reações dessa conversa levam a nossa mocinha a seguir seus sentimentos confusos.
Sim, tivemos muitos dramas, erros sendo cometidos pela segunda vez e uma história que parece ter entrado no “ponto morto”, mas depois de quase perder as esperanças, somos presenteados com o episódio One Begets Technique (1×18). Sabe aquele episódio que você assiste com um sorriso no rosto e ainda fica torcendo para o bandido ficar livre? Então, oi um desses!
Em busca de capturar um grande contrabandista de obras primas, o FBI precisa unir forças com um antigo alvo que foi capturado por Jane, enquanto ela usava um elegantíssimo vestido de festa. Rich DotCom é o vigarista, personagem incrivelmente cômico e inteligente, com um temperamento de “diva” e um enorme imã de confusão. Tivemos roubo estilo Missão Impossível, falsificação de pinturas raras, dicas de relacionamento e muita dor de cabeça para Kurt e a equipe. Um caso com o desfecho mais surpreendente de toda a série, até agora, mas muito satisfatório, principalmente para os telespectadores.
Jane parece que tomou sua decisão sobre as ordens de Oscar e começou a colocar o plano em prática, com uma aproximação aparentemente amigável de Kurt Weller, ele usa o ponto fraco do agente, sua família. Parece que agora o verdadeiro jogo irá começar, então que as apostas comecem!