Imagem: Divulgação/ Warner Bros. Pictures
O longa traz um grande elenco e uma história muito pretensiosa
Imagem: Divulgação/ Warner Bros. Pictures

Beleza Oculta é um drama reflexivo, e que caminha conforme as escolhas que seu roteirista, erradamente, acaba fazendo. A história narraria a tragédia de um homem de sucesso, que após a morte da filha, se transforma em um grande fracasso. Ao invés de centralizar a trama (melodramática) em torno deste personagem, o filme prefere criar outro artifício para desenvolver sua história.

O filme de David Frankel distorce o que poderia ser uma bela história, sobre perda e os danos que a morte pode causar na vida de alguém. Ao invés disso, as escolhas erradas do diretor e de Allan Loeb (roteirista) começam com poucos minutos de filme, onde Howard (a alma dos negócios da agência em que trabalhava) dava um dos seus grandes discursos inspiradores, e em poucos segundos três ano se passam e o personagem se vê em uma situação completamente oposta.

O filme serve mais para ajudar os personagens, que até então não precisavam de ajuda, do que para centralizar a história em quem deveria ser o protagonista. Ao escrever as cartaz para o tempo, o amor e morte, o personagem de Will Smith parecia rumar um caminho mais interessante e profundo, mas ao vermos a personificação destas três coisas (vividas por três atores de teatro – Helen Mirren, Keira Knightley e Jacob Latimore), o filme se perde em diálogos de efeito, totalmente pretensiosos.

O elenco, que ainda conta com Kate Winslet, Edward Norton, Michael Peña e Naomie Harris, não demonstra o brilho que os seus nomes apresentam e muito menos o renome das suas carreiras. Kate Winslet, talvez, seja a única que consegue passar o drama de sua personagem. Claire dedicou a vida para a empresa em que trabalha, e por isso não pôde constituir uma família. Agora ,com a idade avançada, se vê “sem tempo ” de recomeçar.

São pensamentos como este que mostram toda a intenção do roteiro pretensioso de Alla Loeb. Fora isso, Beleza Oculta tem, até certo ponto, uma boa história, bons personagens e atuações regulares e medianas. A boa descoberta – se é que é realmente boa – é ver que Michael Penã, com bastante esforço, consegue se encaixar, também, em histórias dramáticas. Por outro lado, Edward Norton é cético e interpreta um homem artificial, que se importa mais com a beleza que não está oculta, do que com o brilho interno das pessoas.

Beleza Oculta
Imagem: Divulgação/ Warner Bros. Pictures

A ideia do filme é, basicamente, trazer uma reflexão sobre o título, Beleza Oculta, perante aos acontecimentos da vida de cada personagem. Os atores de teatro simbolizam bem os diálogos de efeito, e é com eles que a história se perde e se torna ainda mais pretensiosa (mesmo tendo duas grandes atrizes como Helen Mirren e Keira Knightley envolvidas).

Beleza Oculta poderia ser um drama de auto ajuda realmente bonito e interessante, e mesmo trazendo algumas reflexões artificiais, o longa se importa mais com o dinheiro que os personagens estavam perdendo, do que realmente com a sua história. Beleza Oculta tinha a chance de emocionar, mas resolveu, ou achou mais simples, unir três amigos para dar uma facada nas costas de outro. E por fim, ainda há o luxo de um twist interessante, mas forçado, como todo o resto dos acontecimentos.

Avaliação

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