Logo na primeira semana de 2018, Jumanji: Bem-Vindo à Selva já abre o ano dos blockbuster com uma aventura divertida ao melhor estilo “cinema pipoca“. Assim como o filme estrelado por Robin Williams, a continuação (disfarçada de reboot e remake) segue a mesma linha de não ser nada excepcional do original, trazendo como foco a pura diversão.
O novo Jumanji consegue justificar a sua existência trazendo uma nova roupagem para a história do jogo, trocando o estilo RPG do original pelo mundo dos video game – este em uma versão antiga para que a trama não perdesse a trouxesse também o vintage como um recurso nostálgico para o público. Como filme, Jumanji: Bem-Vindo à Selva consegue se sobressair do original em um quesito: o filme de Jake Kasdan, não por ser feito na atualidade, tem um futuro melhor do que o Jumanji de 1995, que hoje, mesmo sendo ainda uma boa aventura, é muito mais datado do que realmente bom.
Bem-Vindo à Selva traz efeitos visuais de qualidade e uma história simples que simula as fase de um jogo normal ao acompanhar o grupo de adolescentes interpretados por Dwayne Johnson, Karen Gillian, Kevin Hart, Nick Jonas e Jack Black dentro jogo. O desafio do grande elenco é mesclar a personalidade dos personagens reais – Bethany (Madison Iseman), Spencer (Alex Wolf), Martha (Morgan Turner) e Fridge (Ser’Darius Blain) – com os atributos dos personagens que eles incorporam no dentro do jogo, e a surpresa é o equilíbrio que o elenco apresenta ao realizar muito bem a função.
Outra surpresa do novo Jumanji é o roteiro. Este, assinado por Chris McKenna, Erik Sommers, Scott Rosenberg e Jeff Pinkner é simples e sólido, trazendo elementos básicos de qualquer blockbuster minimamente decente (ação, romance clichê, história envolvente e bons personagens). Aqui, o roteiro ainda consegue ser inteligente ao saber inserir seus últimos recursos na hora certa, não desperdiçando elementos que aparecem no início do novo filme e tornam-se importante ao decorrer da trama, por exemplo.
Jumanji: Bem-Vindo à Selva oferece o primeiro pipocão do de 2018, enquanto o filme caracteriza uma divertida aventura que surpreende por sua qualidade, o mesmo tem a desvantagem de ser um filme dispensável como experiência cinematográfica. Os efeitos visuais, apesar de bem resolvidos, simbolizam o quão indiferente é assistir o filme pela grande tela do cinema, ou por uma televisão comum nos canais premium da TV à cabo. A diferença vai ser apenas o tamanho da tela. Assim, a experiência continua a mesma: uma diversão leve e pouco memorável.
Com isso, Jumanji caracteriza o princípio dos blockbusters, que é proporcionar a mais decente diversão (ou entretenimento) para um público em massa – e não há vergonha para um filme se dedicar a isso, assim como não é um problema tal intenção. A temporada de blockbusters e diversão está aberta, e muito bem servida com Jumanji: Bem-Vindo à Selva.
[wp-review id=”17015″]