

Arrow está de volta em sua 5ª temporada. Legacy (título do primeiro episódio) mostrou um retorno promissor, mas alguns problemas (ou vícios) ainda se repetem na estreia.
Com a volta de um caso procedural no início da temporada, Arrow ganhou um novo fôlego saindo do cansativo enredo de ficar correndo atrás de um único vilão durante toda a temporada. O episódio mostrou o confronto do Arqueiro com um criminoso que chegou, tentando, impor respeito entre os demais. Tobias Church foi bastante eficiente, funcionou muito bem para o episódio de estreia e trouxe de volta um lado do Arqueiro Verde que havia sido esquecido.
Com a separação de quase todo o Team Arrow – depois dos eventos da season finale passada, Diggle voltou para o exército, Thea está tentando reconquistar uma vida normal e Quentin virou bêbado de novo -, o herói se vê fazendo o que é realmente necessário para parar os seus inimigos, incluindo matar. Pode até parecer bobagem, mas já estava sendo bem ridículo para o vigilante não matar mais nenhum dos seus inimigos. Outro detalhe que melhorou e muito foi o novo uniforme, mais parecido com o das temporadas iniciais.
Oliver é o novo prefeito da cidade, trabalhando no cargo público durante o dia e vigiando as ruas a noite. A forma como mostraram o Sr. Queen como prefeito da foi extremamente rasa, apenas aparecendo em alguns pronunciamentos e inaugurando o memorial para a Laurel Lance, confirmando que ela era a Canário Negro para a cidade toda. Quanto ao manto da personagem, foi revelado o que Laurel disse para Oliver no momento de sua morte. O último desejo dela era que ela (Laurel) não fosse a última Canário Negro, o que levanta a hipótese de Felicity assumir o manto da personagem.
Alguns problemas continuam se repetindo. Diálogos chatos e cansativos entre Oliver e Thea, Oliver e Diggle – só que este até não foi tão ruim, pois mostra a amizade que os dois criaram com o passar dos anos – e Oliver e Felicity mostram a fragilidade da série. Além de ressaltar a dificuldade que o roteiro tem em deixar esses três personagens interessantes. Felicity é o grande problema da história, sendo assim como aceitar que ela pode ser a nova Canário Negro? Aliás é importante ressaltar que Curtis, novo membro do Team Arrow – que pode ser o novo Observador da equipe, caso Felicity vá a campo para combater vilões – também é um ponto fraco da trama. O personagem não passa de uma versão masculina de Felicity Smoak, a diferença é que ninguém cansou dele ainda.

Apesar de insistir em problemas da temporada passada, a ação voltou a ser boa em Arrow. A coreografia das lutas estava horrível na última temporada e em poucas cenas de luta durante o episódio Legacy é possível notar uma melhora considerável nas lutas. Mas o maior acerto é trazer um vilão sem poderes místicos para a trama. A aparição dele no final do episódio relembrou muito o formato da primeira e da segunda temporada, as duas melhores que a série teve até o momento. Por tanto, o saldo deixado por Legacy é muito positivo para o restante da temporada, basta saber aproveitar o que houve de bom e de algum jeito corrigir o que teve de ruim. (Até mesmo o cliffhanger do final do episódio foi ótimo.)
Vale lembrar que os acontecimento do flashpoint (leia a crítica de The Flash) podem implicar diretamente na trama de Arrow, então algumas mudanças podem acontecer nos próximos episódios – uma delas deve ser o retorno de Laurel a série.
Arrow¹: Por que ainda temos flashbacks em Arrow? É a pior coisa de todos os episódios, e dessa vez só fez sentido por causa de uma frase que coube no plot do episódio. Os flashbacks são desnecessários e os roteiristas precisam entender isso logo.
Arrow²: Sinceramente, que estátua feia a que fizeram para homenagear a Laurel.
Arrow³: Algumas cenas de ação tiveram efeitos meio estranhos, mas a ousadia de fazê-los valeu a pena. A filmagem ótima que o episódio teve também colaborou muito para essas cenas.
Avaliação
[yasr_overall_rating size=”medium”]