Supergirl surpreende mais uma vez e nos entrega o episódio mais bem construído dramaticamente da série. Changing lidou com mudanças na vida de vários personagens, nos trazendo grandes emoções.
Alex (Chyler Leigh) foi o grande destaque do episódio. A grande mudança que está passando devido à sua sexualidade foi muito bem explorada. A série abraçou seu lado dramático que culminou nesse plot muito bem trabalhado, com destaque para a atuação de Chyler que transmitiu ao telespectador todo o drama, confusão, dúvida e principalmente insegurança com que sua personagem estava lidando ao contar que era gay para sua irmã. A reação de Kara (Melissa Benoist) ao saber da sexualidade de Alex foi bem tranquila, o que já era de se esperar. Além disso, foi muito bonito vê-la com o sentimento de culpa por ser um pouco egoísta e não dar brechas para conversarem sobre a vida amorosa de Alex – já que a maioria das conversas das duas girava em torno da heroína.
Como nem tudo são flores, foi muito triste ver Maggie (Floriana Lima) depois de ter dado o conselho para Alex se abrir com a irmã, para que ela abraçasse quem realmente era e ter dado falsas esperanças à personagem,. Maggie simplesmente não aceitava em ter um relacionamento amoroso com Alex porque esta estava se descobrindo agora e relacionamentos assim nunca iam para frente. O toco gerou uma decepção muito grande para Alex e em uma cena muito triste entre as duas irmãs, Chyler detonou na atuação.
O vilão da semana foi bem construído, dando um ar de ficção cientifica para série. O parasita acabou infectando o Dr. Jones, interpretado por William Mapother, um rosto bem conhecido para os amantes de Lost. O parasita era motivado pela justiça de diminuir o aquecimento global, mais especificamente, queria acabar com as pessoas que tentavam disseminar que o planeta não estava morrendo. Trata-se daquele vilão com o pensamento certo e as atitudes erradas. O destaque ficou para os efeitos especiais realizados para o visual do personagem, que ficaram excelentes.
A relação entre Mon-El (Chris Wood) e Kara no começo parecia ótima, até que a heroína acaba descobrindo o novo trabalho do alienígena – um tipo de cobrador de aluguel, que encurralava as vitimas e violentamente tentava convencê-las à pagarem suas dívidas. Nesse momento, o relacionamento dos dois ficou bastante conturbado, já que Kara queria transformar o novo amigo em um herói, enquanto ele estava agindo de forma contrária os insultos que acabaram soltando um para o outro revelaram o preconceito que ainda sentiam por serem de planetas rivais. Depois de perceber que estava seguindo em um caminho errado, Mon-El acaba ajudando na derrota do vilão da semana, o parasita. Nos segundos finais do episódio somos surpreendidos com o sequestro do personagem pela Cadmus, gerando um bom cliffhanger para o próximo episódio.
Outro que abraçou o papel de herói foi James (Mehcad Brooks), nos dandoa primeira aparição do Guardião, sendo auxiliado por Wynn (Jeremy Jordan). O Guardião tentou segurar o parasita até que a Supergirl aparecesse para salvar o dia. Os recursos tecnológicos da armadura foram bem produzidos e extramente úteis. No geral o uniforme ficou bacana, mas infelizmente ou felizmente, James, deveria ter sido um dos protagonistas do episódio e acabou sendo ofuscado por todo o restante dos plots. Se não for bem trabalhado, o personagem vai continuar ficando na sombra dos outros para sempre.
Um ponto bastante curioso foi a transfusão de sangue da Miss Marte (Sharon Leal) para Jon Jonn’z/Hank (David Harewood), marciano foi duramente machucado na luta contra o Guardião e acabou precisando da ajuda da Miss Marte, mas como foi revelado ela parece não ser realmente uma marciana verde, e sim branca. Como isso parece ser um segredo ela acabou sendo forçada à realizar a operação e deixou a entender que isso vai prejudicar de alguma forma o John, o que já pôde ser notado na tremedeira da mão do personagem. Basta agora descobrirmos quais serão as consequências dessa mistura de sangue.