Imagem do filme Invocação do Mal 2
Cena do filme 'Invocação do Mal 2' (2016). | Crédito: Reprodução/TMDb.

Com a chegada de Invocação do Mal 4: O Último Ritual aos cinemas, a Matinê Cine&TV resolveu fazer uma avaliação geral da franquia. No entanto, a análise será apenas do eixo principal do apelidado “Invocaverso”, composto por quatro longas-metragens que deram origem aos derivados Annabelle, A Freira e A Maldição da Chorona.

Até a estreia do quarto filme, todo o “Invocaverso” havia arrecado mais de US$ 824 milhões nas bilheterias dos cinemas ao redor do mundo – de acordo com o Box Office Mojo. Segundo a Warner Bros., no Brasil, mais de 370 mil pessoas compraram ingressos para as sessões de estreia do longa-metragem. Com isso, Invocação do Mal 4: O Último Ritual se tornou o maior lançamento de um filme de terror no país.

Criada em 2013 com o lançamento do primeiro filme, Invocação do Mal faz uma adaptação para os cinemas da vida e das investigações paranormais de Ed e Lorraine Warren, interpretados por Patrick Wilson e Vera Farmiga. As obras cinematográficas baseiam-se em livros publicados pela dupla e em outras obras literárias que descrevem os relatos do que eles vivenciaram ao longo dos anos.

Apesar de ter a pretensão de encerrar a história de Ed e Lorraine Warren nos cinemas, Invocação do Mal 4: O Último Ritual talvez não seja realmente o fim da franquia. Na última terça-feira, 09, a Variety trouxe algumas novidades sobre uma série do “Invocaverso” que havia sido anunciada em 2023. Não há detalhes sobre a trama ou quem serão os protagonistas, a informação é que o programa segue em desenvolvimento e agora terá Nancy Won como showrunner e roteiro de Peter Cameron e Cameron Squires.

Enquanto a série de TV não ganha novos detalhes, confira, em ordem decrescente, ou seja, do pior ao melhor, o ranking dos filmes de Invocação do Mal.

4º: Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio (2021)

Imagem do filme Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio
Vera Farmiga e Patrick Wilson como Lorraine e Ed Warren em cena do filme ‘Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio’. | Imagem: Reprodução/TMDb.

Investigar um caso envolvendo uma seita satânica parecia um caminho natural para Ed e Lorraine Warren em suas investigações paranormais. No entanto, lançado durante a pandemia de Covid-19, Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio era o primeiro filme do eixo principal do “Invocaverso” que não contava com a direção de James Wan.

Neste aspecto, o terceiro exemplar da série cinematográfica sofreu ao encontrar uma voz própria. Com isso, o diretor Michael Chaves não conseguiu implantar a própria identidade e muito menos reproduzir a técnica apurada dos filmes comandados por Wan. Além disso, o roteiro também era mais fraco e menos sólido em formato. Como parte da franquia, A Ordem do Demônio não conseguiu sequer ser uma espécie de dublê dos longas-metragens iniciais de Invocação do Mal.

3º: Invocação do Mal 4: O Último Ritual (2025)

Imagem do filme Invocação do Mal 4: O Último Ritual
Cena do filme ‘Invocação do Mal 4: O Último Ritual’, em cartaz nos cinemas brasileiros. | Crédito: Reprodução/TMDb;

Consciente de que não seria capaz de marcar o gênero como o filme de 2013, o quarto título da franquia resolveu apelar para o melodrama. O Último Ritual se preocupa em ser o encerramento das histórias de Ed e Lorraine Warren no cinema na mesma medida em que se esforça para ser um terror pipoca minimamente competente. Se no começo da série de filmes James Wan conseguia criar tensão e surpreender o espectador brincando com o sentimento de antecipação a partir do não visto, Michael Chaves (que retorna ao cargo de diretor) resolveu utilizar recursos gráficos no seu terror.

A partir disso, o cineasta tenta buscar um equilíbrio entre drama e terror. Mesmo exagerando na dose, entre ao público uma homenagem a trajetória construída para os personagens no cinema. O resultado é aquém do começo da franquia, mas tenta respeitar o legado do nome que carrega.

2º: Invocação do Mal 2 (2016)

Imagem do filme Invocação do Mal 2
Madison Wolfe como Hodgson em cena do filme ‘Invocação do Mal 2’. | Crédito: Reprodução/TMDb.

Quando lançado em 2016, a Matinê definiu Invocação do Mal 2 como o grande terror daquele ano. Essa afirmação pode ser reconsiderada, principalmente quando filmes como O Homem nas Trevas, Demônio de Neon e Águas Rasas fazem frente na disputa pelo rótulo. No entanto, o segundo filme da franquia consegue repetir parte do feito do longa-metragem de 2013.

A elegância com a qual James Wan conduz a trama persiste, assim como a habilidade na construção da atmosfera e no bom uso dos ambientes. A diferença foi o dobro de orçamento disponível em relação ao título anterior, o que possibilitou o uso de efeitos visuais e uma espetacularização exagerada da imagem no ato final.

1ª: Invocação do Mal (2013)

Imagem do filme Invocação do Mal
Cena do filme ‘Invocação do Mal’ (2013). | Crédito: Reprodução/TMDb.

Responsável por estabelecer de vez o nome de James Wan no terror sobrenatural hollywoodiano, o filme foi o pontapé inicial do “Invocaverso”. Com US$ 20 milhões de orçamento, o diretor utilizou a imaginação dos espectadores como seu principal aliado na construção do suspense e da atmosfera do filme.

Da técnica visual ao bom roteiro, Invocação do Mal fez, literalmente, muito com pouco. O elenco encabeçado por Vera Farmiga e Patrick Wilson também elevou a qualidade dramática do filme que envolve uma família atormentada por um espírito. O filme culmina em uma das melhores sequências de exorcismo do cinema neste século.