Imagem: Divulgação/ Paris Filmes
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Horizonte Profundo – Desastre no Golfo é um drama de catástrofe eficiente. Por ser baseado em fatos reais e ter controvérsias quanto a autorização da produção, o longa que retrata o terrível acidente da Deepwater Horizon em 2010 tem uma história muito forte, mas perde parte do impacto que deveria trazer.

Horizonte Profundo têm uma direção bastante correta de Peter Berg (O Grande Herói), que sabe fazer um filme diferente dentro o gênero que já possui outros títulos conhecidos como Mar em Fúria, Poseidon, Twister e muitos outros que envolvem o desastre como seu carro chefe. O primeiro diferencial de Horizonte Profundo é que ele trata de uma falha humana, uma falha de execução de um trabalho que resulta na explosão da plataforma localizada no Golfo do México.

Ao contrário da grande maioria o foco do filme não é mostrar a grandiosidade do acontecimento, fixando sua filmagem no “espetáculo de imagens” quando o acidente acontece. Ao invés disso Peter Berg opta sabiamente por focar nos personagens e mostrar realmente como foi que eles conseguiram escapar com vida do ocorrido. Mesmo assim o diretor ainda consegue aproveitar muito bem as poucas cenas de plano aberto do filme, pois mesmo que o principal sejam os personagens é preciso contextualizar a grandiosidade do acontecimento.

O filme deixa bem claro desde do início que algo de ruim vai acontecer. Inicialmente mostrando alguns personagens principais da trama, Horizonte Profundo sabe construir o seu clima intrigante e receoso desde os primeiros minutos em que os mesmos chegam no Deepwater Horizon. Com isso e alguns frames bem explorados o longa deixa claro aos olhos que algo ruim já está acontecendo.

Com um grande elenco composto por Mark Wahlberg, Kurt Russell, John Malkovich, Dylan O’Brien, Gina Rodriguez e Kate Hudson, Horizonte Profundo não perde tempo em tentar criar empatia com os personagens e consegue conquistar rapidamente pelo carisma e qualidade das atuações (só não é possível exigir muito de Mark Wahlberg e Gina Rodriguez, mas essa consegue entregar mais do que esperado).

As cenas que acontecem durante o acidente são ótimas e como já citado focam diretamente nos personagens e este acaba sendo o grande acerto do filme. Até mesmo a relação entre os tripulantes é muito bem retratada, principalmente quando a narrativa consegue evidenciar a discordância das equipes e a briga entre os engenheiros. Kurt Russel e John Malkovich protagonizam cenas ótimas com diálogos fortes quando estão juntos em cena, e a reação de cada um deles quando as consequências do acidente começam merecem destaque. A forma como o acontecimento vai afetando os personagens é mais um ponto positivo do drama.

Com uma boa filmagem e uma direção correta na forma em que mostra e aborda a história Horizonte Profundo – Desastre no Golfo é bastante eficiente dentro do gênero de dramas catastróficos. O longa é impactante, mas mesmo trazendo essa força para a película o fator localidade diminui um pouco desse impacto, que deve ser mais forte para os americanos – pelo simples motivo de ser baseado em fatos reais. No fim, com cenas fortes, o longa de Peter Berg encerra sua narrativa de uma forma reflexiva e muito comovente.

Avaliação

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