Música boa, quase, ao vivo
Sing - Quem Canta Seus Males Espanta (Universal Pictures)
Divulgação/ Universal Pictures

Apesar no longo nome, o mesmo consegue resumir de forma coerente parte da abordagem da animação de Garth Jennings. Sing, traz questões abordadas em reality show de competições como o The Voice, que exalta que a música precisa ser cantada com verdade, que a mesma deve divertir e ser feita com amor. Combinada a uma história comum de aventura infantil, Sing – Quem Canta Seus Males Espanta acerta ao mesclar conceitos como os citados anteriormente com uma trama que serve, de fato, para todos os públicos.

Garth Jennings (O Guia do Mochileiro das Galáxias) consegue tirar sua nova animação dos moldes habituais do cinema. Mesmo trazendo uma história retratada da mesma maneira por outros tantos filmes, o diretor consegue fazer com a trama funcione. Seu acerto é o encaixe dos personagens com o subtexto do que a música representa para cada um, seja ela o “sonho americano” ou não.

Musicalmente, a animação ainda consegue ser melhor do que Trolls, que vinha prometendo algo grandioso com a composição sonora do astro Justin Timberlake, que não chega nem aos pés de Sing e sua cultura pop. A inclusão de gêneros promovida pelo filme, sejam musicais ou de diferentes espécies de animais, combina com o tema retratado na história.

O carisma de seus personagens também surpreende, pois mesmo que tudo já seja conhecido, é possível se identificar e criar empatia com bichinhos do filme. Buster Moon (dublado originalmente por Matthew McConaughey), o coala dono do Teatro, faz de tudo para conseguir o dinheiro necessário para que não perca o seu bem mais precioso, até mesmo mentir sobre um grande prêmio em um concurso musical.

Há momentos em que o longa se perde com o número de personagens e história que precisa retratar, dividindo mal alguns de seus membros em tela. Mas a missão de Sing é divertir, encantar, contar uma boa história, e claro, mostrar grandes performances musicais. E isso é o que filme faz de melhor. Seja durante os ensaios ou nas apresentações finais, os personagens dão um show ao cantar músicas conhecidas atuais e antigas também.

Sing – Quem Canta Seus Males Espanta é uma animação normal muito bem produzida, que não se faz de refém da mesma fórmula apelativa de piadas engraçadas para conquistar o público infantil. Com intenções mais divertidas e encantadores, Garth Jennings consegue trazer as telonas uma mescla do que o público espera assistir em um desenho animado: um filme que entretenha e divirta as crianças e os seus acompanhantes.

Avaliação

[yasr_overall_rating size=”medium”] (Muito Legal)