Imagem: Divulgação/Starz
Além das atuações, o destaque fica por conta do aprofundamento na mitologia da série
Imagem: Divulgação/Starz

A terceira temporada do drama de viagem no tempo, Outlander, chegou ao seu fim no dia 10 de dezembro, deixando nada além de pontos positivas para comentar. De longe esta é a melhor temporada da série do canal pago norte-americano Starz, que já pode começar a investir melhor na divulgação da série para as premiações. O elenco é composto por grandes atuações, citando em especial a talentosa Caitriona Balfe, e o magnífico Tobias Menzies. Ambos já estavam se destacando nas temporadas anteriores pela profundidade de seus personagens e por causa das suas atuações, que ainda são esnobadas por grandes premiações.

Essa temporada teve três fases que o telespectador consegue distinguir muito bem. A primeira é onde os atores tiveram que dar o seu melhor nas atuações. Os atritos vividos por Claire (Caitriona Balfe) e Frank (Tobias Menzies) representam muito bem a dualidade da primeira parte da temporada, que ficou dividida entre presente e passado, ou, Jamie (Sam Heughan) e Frank. As memórias de Claire no passado e a dificuldade de viver o presente com Frank despertam o sentimento de fuga da personagem, que passa todos os dias de sua nova vida tentando deixar tudo que viveu com Jamie para trás. É importante destacar o fraco impacto de Brianna (Sophie Skelton), filha de Claire e Jamie. A atuação de Sophie não é tocante o suficiente, fazendo com que as atitudes tomadas por Claire, de voltar para o passado, pareçam fáceis demais.

Já a segunda fase é marcada pelo reencontro emocionante de Jamie e Claire, reafirmando a química inacreditável que existe entre Caitriona Balfe e Sam Heughan. Quanto a isso, ou a química, é impossível não mencionar Lord John Grey (David Berry) e sua relação com Jamie, que fizeram com que os ânimos dos telespectadores ficassem lá em cima, perto da temperatura de ebulição. Este momento da terceira temporada também evidencia as redescobertas dos personagens, mostrando o impacto do tempo em cada um.

Uma grata surpresa nesta temporada foi John Bell, o jovem Ian Murray, filho de Jenny e Ian. O garoto empolga com seu personagem excêntrico e divertido, prendendo sua atenção ao rosto cheio de expressões que carrega. E é justamente por causa do seu personagem que a terceira e última parte da temporada é tão empolgante, cheia de aventuras explorando a mitologia por trás da viagem no tempo e os aspectos culturais africanos, além de questões sociais da época – como a escravidão.

Os episódios finais mostram como a série evolui a cada temporada, e a cada episódio, utilizando tudo o que foi desenvolvido nos anos anteriores para entregar episódios espetaculares aos espectadores. O destaque aqui fica por conta do aprofundamento na mitologia da série, dando direito até ao retorno chocante de um personagem que parecia ter sumido de vez de Outlander. A cena final, do último episódio, promete uma quarta temporada cheia de aventuras e novas descobertas em um novo mundo, com um caminho cheio de incertezas na vida de Claire e Jamie.

Outlander entregou uma terceira temporada impecável, com pouquíssimos elementos que incomodaram, contando sempre com as belas atuações do seu elenco e um roteiro sólido e bem adaptado, que respeita tanto os fãs dos livros quanto os fãs da série.

[wp-review id=”16890″]