Outlander, o drama fantástico de viajem no tempo, retornou no último domingo (10), tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, com sua terceira temporada que adaptará o terceiro livro da saga literária de Diana Gabaldon. A expectativa por novos episódios só fizeram ainda mais a ansiedade e o perigoso hype crescerem a cerca dos novos capítulos, e posso, com certeza, afirmar que a série não decepcionou.

Logo no início somos contemplados com a magnificência de um incrível e minucioso trabalho de edição, onde as cenas da Batalha de Culloden são mixadas com cenas do pós-guerra e com alguns delírios. O silêncio do campo de batalha, os mortos no chão e um único som de respiração fraca fazem dos 13 minutos iniciais inesquecíveis. Não é preciso tantas cenas com embate para saciar a curiosidade do telespectador em saber o que aconteceu, afinal, esses acontecimentos fazem parte da história do mundo real e por isso a série optou em não focar muito neles. Porém, o foco foi o suficiente para mostrar o grande duelo entre Jamie (Sam Heughan) e Jonathan Randall (Tobias Menzies).

A realidade dos acontecimentos só deixou o clima pós-guerra ainda mais melancólico, ainda mais com a despedida de alguns personagens importantes que estavam presentes desde o início da série, entregando atuações tocantes de Sam Heughan e Grant O’Rourke. A solução que os roteiristas utilizaram para selar o destino de Jamie foi bastante sensata, seguindo os acontecimentos da série, assim como também foi para o destino de Jonathan Randall.

O episódio foi, basicamente, dividido entre passado e futuro, Jamie, Claire (Caitriona Balfe) e Frank (Tobias Menzies). O drama de Claire e Frank, no futuro, conseguiu expor ambos os lados dos personagens. Claire abalada por ter deixado o verdadeiro amor de sua vida e Frank abalado por ter reencontrado o amor de sua vida, porém, somente uma parte dela, pois a outra ficou no passado junto com outro homem (Jamie). A série promete explorar esse relacionamento conturbado entre os dois durante esta temporada, e começou fazendo-o com maestria e delicadeza.

Imagem: Reprodução/Banco de Séries

Se Sam Heughan e Grant O’Rourke entregam atuações dignas, Caitriona Balfe e Tobias Menzies basicamente estenderam a mão para pegar o Emmy de Melhor Ator e Atriz em Série Dramática. Os dois deram um show de atuação, seguindo a linha de qualidade que vemos desde a primeira temporada. Em uma cena em específico, onde os dois discutem sobre o passado, simplesmente deixa o telespectador atordoado com as palavras que são ditas,  além de divididos entre os argumentos de cada um dos lados.

Ainda sobrou espaço para explorar o contexto social de 1948 nos Estados Unidos, acerca do papel da mulher na sociedade e como elas deveriam se limitar ao âmbito familiar, servindo ao seu marido e criação dos filhos. The Battle Joined deu para Outlander um incrível começo de temporada, com uma trama sólida, bem desenvolvida e com boas atuações que empolgam o telespectador para ficar ligado nos próximos episódios.

Avaliação

[yasr_overall_rating size=”medium”] (Ótimo)