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Phoebe Dynevor como Daphne Bridgerton na série Bridgerton da Netflix | Crédito: Liam Daniel / © Netflix 2020

Na próxima sexta-feira, 25, chega ao catálogo da Netflix a série Bridgerton, com uma temporada composta de oito episódios. O programa é baseado na série literária de oito livros escrita por Julia Quinn, que lançou o primeiro volume no ano 2000.

Sabe quando nos envolvemos com uma leitura e conseguimos imaginar as características física dos personagens, os lugares em que viveram, as reações pelas quais já passaram e em alguns momentos essa relação é tão forte que conseguimos visualizar com clareza todos os detalhes descritos? A obra de Julia Quinn causa esse efeito nos seus leitores.

Assista ao trailer de Bridgerton:

Mesmo depois de 20 anos da sua primeira publicação, a série literária que retrata a história de amor dos oito irmãos Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth, segue conquistando o público. Os personagens são filhos de Violet e Edmund Bridgerton, e em seus respectivos livros retratam as tramas, os mistérios e os desafios superados na busca pelo amor verdadeiro.

Apesar ser conhecida principalmente como uma série de romance, as histórias de The Bridgertons são repletas de libertinagens. Os protagonistas não são jovens tão recatados e inocentes, o que torna o enredo ainda mais interessante. A obra de Julia Quinn é cheia de humor inteligente e prende o leitor do início ao fim. Após a leitura dos oito livros, seria possível ler mais sem cansaço. A cada nova trama a autora consegue deixar seus personagens mais atraentes. Talvez por isso a Netflix resolveu investir na adaptação da série literária para as telas.

Com a chegada eminente da adaptação, a Matinê trouxe cinco motivos para você colocar na sua seleta lista de séries para assistir nos últimos dias de 2020.

1 – O duque e eu

Regé-Jean Page (esquerda) e Phoebe Dynevor (direita) como Simon Basset e Daphne Bridgerton na série Bridgerton da Netflix | Crédito: Liam Daniel / © Netflix 2020

A primeira temporada da série será baseada no primeiro livro de Julia Quinn, O duque e eu. Nele somos apresentados a Daphne Bridgerton que, apesar de todos os seus atributos, não consegue atrair os pretendentes certos que a cortejem e a Simon Basset, Duque de Hastings, um homem com o firme propósito de nunca se casar. Para fugir das mães casamenteiras, Simon tem a ideia de fingir ao cortejar Daphne, assim ele se livra das companhias indesejáveis ao mesmo tempo em que tornará a moça mais interessante atraindo assim mais pretendentes para ela.

Mas as coisas não são tão simples, existem traumas, segredos e mentiras que podem desencadear escândalos irreparáveis. O que parecia a solução para os problemas, pode causar outros piores. E para saber como isso irá se desenrolar, é preciso esperar até o próximo dia 25 de dezembro.

2 – Diversidade do elenco

Um ponto que chamou bastante a atenção do público quando revelados os nomes do elenco e de seus respectivos personagens foram as mudanças nas características de alguns personagens. Simon Hasting, o Duque, será interpretado por Regé-Jean Page, um ator negro que foge do padrão físico da época retratada e das características descrita por Julia Quinn. No entanto, Shonda Rhimes, uma das produtoras responsáveis pela a adaptação é conhecida por quebrar tabus sociais e essas mudanças tocaram em algo que poucos falam sobre as obras de Quinn, a falta de representatividade.

Regé-Jean Page como Simon Basset na série Bridgerton da Netflix | Crédito: Liam Daniel / © Netflix 2020

As mudanças trouxeram a tona diversos argumentos, principalmente por Simon ser descrito com olhos azuis marcantes. No entanto, após a saída de teaser, trailer e artes promocionais, Regé-Jean Page mostrou que tem o poder para fazer jus ao personagem.

3 – Polêmicas de Bridgerton

Julia Quinn não tem medo de fazer seus mocinhos “pecarem”. Durante a leitura da sua obra, ela alerta diversas vezes que Simon Hasting, Anthony, Benedict e Colin Bridgerton eram libertinos assumidos. Além disso, em muitas ocasiões se preocupam muito com as aparências e são egoístas ao ponto de magoarem personagem que se tornam queridas ao longo das leituras. Ainda temos a misteriosa Lady Whistledown que sabe todos os segredos da sociedade britânica e não tem medo de expor. Suas revelações desencadeiam situações hilárias, sendo a fofoqueira mais amada do século XIX.

Chris Van Dusen, criador da adaptação, provavelmente irá manter esse enredo na adaptação. Durante o teaser divulgado tivemos algumas cenas que mostram que iremos presenciar as aventuras amorosas e as libertinagens, antes da redenção. E quem leu o livro está ansioso para saber quais cenas da obra literária poderão ser vistas na série.

Phoebe Dynevor como Daphne Bridgerton na série Bridgerton da Netflix | Crédito: Liam Daniel / © Netflix 2020

Existe também uma polêmica envolvendo Daphnie, onde muitos acreditam que não irá para a série, pois é um assunto que divide opiniões e muitos julgam a atitude da mocinha como imperdoável. Durante os episódios tudo pode acontecer e novas situações problemáticas podem ser incluídas.

4 – Shondaland

Mesmo que não tenham ouvido falar de Shonda Rhimes, você provavelmente conhece How to get Away with Murder, Scandal e Grey’s Anatomy. Rhimes é a primeira mulher negra a criar uma série de sucesso nos Estados Unidos. Além disso, é conhecida por não ter medo de inovar, quebrando tabus sociais e dando espaço para as minorias.

Em todas as suas produções se preocupa em incluir representatividade, buscando sempre ter uma porcentagem de atores não-brancos, personagens LGBTs, quebrando preconceitos e mostrando que ter espaço é proporcionar oportunidades para aqueles que ainda lutam com a desigualdade.

Chris Van Dusen durante as gravações da primeira temporada de Bridgerton da Netflix | Crédito: Liam Daniel / © Netflix 2020

Mesmo que a série seja criada por Chris Van Dusen e tenha Shonda Rhimes apenas como produtora executiva por conta da Shondaland (empresa criada por Rhimes e que produz seus produtos audiovisuais), é evidente que as mudanças feitas na escolha do elenco em relação a descrição original dos personagens nos livros já mostra um pouco do envolvimento de Rhimes com a adaptação.

5 – Possibilidade de todas as obras serem adaptadas

Até o momento não sabemos qual será o futuro da série, mas os fãs dos oito livros esperam ver a adaptação de todos sendo realizada. E isso só será possível com a receptividade da obra a partir da sua estreia.

No Instagram e no Twitter, Bridgerton vem ganhando espaço, reunindo os fãs antigos e conquistando novos públicos. O perfil @LdyWhistledown, já tem mais 6.700 seguidores na rede social do passarinho azul e 20,5 mil na vizinha Instagram, sendo uma página voltada para os fãs brasileiros.

A página oficial da série no Instagram tem em torno de 99,2 mil seguidores e 26, 8 mil no Twitter, sendo que a tendência é que após a estreia esses números aumentem e haja mais interesse sobre a história, o que aumenta as chances de uma nova temporada.