Jessica Jones 1x02
Imagem: Arquivo Pessoal/ Matheus Machado

No segundo episódio de Jessica Jones começamos a conhecer mais da rotina de Jessica, vendo como ela passa os seus dias durante as investigações. Além de ter a continuidade da história principal, a busca por Kilgrave, e a continuação da apresentação de Luke Cage ao universo Marvel da Netflix.

AKA Crush Syndrome veio cheio de referências e inspirações retiradas da HQ, prova disso é o interrogatório sarcástico do detetive no início do episódio. Vimos que Jessica Jones continua a procura de Kilgrave, agora ainda mais motivada por descobrir o ponto fraco do vilão. Interessante é que agora ela se sente mais confiante com isso, mesmo que ele saiba o ponto fraco dela, agora ela sabe o dele também, e de certa forma isso traz um ar de conforto e aumenta a segurança de JJ em suas ações.

O caso de Hope continua, e a investigadora particular da  Alias Codinome Investigações continua tentando ajudar a moça, já que como ela mesma disse “Mas sou a única que sabe que você é inocente.”. Nisso também vimos mais partes do passado de Jessica, no caso me refiro ao acidente do Kilgrave. Todos já entendemos que o vilão quer que ela sofra o mesmo que ele sofreu, e descobrindo isso nós começamos a ver também o tamanho da insanidade dele. Outro detalhe que não podemos deixar passar é que vimos um pouco mais de  David Tennant. Esse cara é um mestre, mesmo sem vermos o rosto dele, só de ouvirmos apenas as palavras, já é de arrepiar. Ainda lembro dele, mesmo um poucas cenas, interpretando Bartolomeu Crouch Jr. e mesmo fazendo essas poucas participações em Harry Potter e o Cálice de Fogo, não tinha como não ficar abismado com a qualidade do ator. Digo apenas que ele está acrescentando muito a trama de Jessica Jones.

Detalhe, o poder de ‘convencimento’ dele é realmente de outro mundo, a cena que ele invade o apartamento da família e coloca as crianças no armário foi ótima. Foi tão rica em detalhes que até mostraram a urina da menina vertendo por baixo da porta do armário.

Imagem: Arquivo Pessoal/ Matheus Machado
Imagem: Arquivo Pessoal/ Matheus Machado

Outro ponto forte de JJ é sem dúvida Luke Cage, que nesse episódio teve um certo destaque, principalmente na cena final. Por ser um herói de aluguel e juntar com o fato de não gostar de mentiras, já podemos ter uma breve noção do que veremos na sua série própria. A cena da luta foi muito bem feita, aquela coisa dos caras baterem nele com a garrafa de vidro e ele não sentir nem cócegas e fazer uma cara de tipo “que otário”, foi muito bem construída. Mais uma vez tivemos detalhes minuciosos como a força bruta dele e de Jessica, que realmente não sabem “lutar”. Como resolvem apenas na força os dois não precisam dar grandes golpes, podemos dizer que são de certa forma “ignorantes”, no sentido agressivo da palavra.  Por fim, ele gastando o disco da serra e não sofrendo um arranhão se quer… Olha, sem palavras. Belo jeito de se terminar um episódio, deixando todo mundo de boca aberta.

Antes de encerrar falando da Trish, queria comentar que na HQ a cena de que abriu o episódio foi bem diferente do que vimos, o principal fato da interrogação original foi que ela só foi finalizada porque Matt Murdock chegou e salvou a pele de Jessica Jones. Como existe a grande possibilidade de um crossover, esse poderia ser o primeiro gancho para isso acontecer, mas vamos aguardar.

Para finalizar bem a review, estou curioso para ver o que a Trish está escondendo de todo mundo, aquela aula de Ioga estava bem movimentada, não acham? Em breve falaremos mais sobre isso. Até a próxima review pessoal.

Jessica Jones¹: Aqui vou abrir um espacinho para fazer mais dois comentários fora do contexto da review; primeiro que aquela cena do trem me chamou muito a atenção, pela maneira que ela olhava as pessoas, Jessica, parecia não se encaixar naquilo que via, mas ao mesmo tempo víamos que ela queria ter um pouco daquilo que estava olhando; segundo, foi legal ver que mesmo que sendo uma investigadora faça parte de uma “camuflagem” do passado dela, Jessica, se sente bem com aquilo que faz, em meio a tanto medo ela encontra algo bom dentro dela para fazer o que faz.

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Sou jornalista, fundador e editor da Matinê Cine&TV. Escrevo sobre cinema e séries desde 2014. No jornalismo tenho apreço pelo cultural e literário, além de estudar e trabalhar com podcasts. Além dos filmes e séries, também gosto de sociedade e direitos humanos.